Um vídeo que tem feito muito sucesso na última semana é de um garotinho que acredita que ao cantar uma canção de ninar, o cachorrinho (filhote) começa a dormir.

Pelas imagens, parece ser óbvio que tudo isso é uma diversão inocente, mas entenda como isso pode ser ruim.

É preciso compreender e respeitar o animal a sua frente, suas características e particularidades. Principalmente com um filhote, que assim como com um bebê humano, deve ser tratado com delicadeza.

O senso comum deve imperar nesses casos, afinal, você não vai chegar no quarto de um recém-nascido e começar a bater no berço dele, só por diversão.

Gritaria e ainda por cima batendo na mesa em que o animal está em cima, só o deixará assustado.

Não sei se os leitores estão cientes, mas os casos mais comuns de ataques caninos são em crianças.

É comprovado o quão positivo pode ser a relação de uma criança e seu pet, porém para que essa troca pacífica e saudável aconteça, é de responsabilidade dos pais ensinar para seus filhos como tratar um cão.

Em esclarecedor estudo recente, no qual foram analisados casos de ataques caninos, a maioria esmagadora tem como fatores principais a incapacidade dos humanos de lidar com os cães (ler mais aqui).

Infelizmente vemos todos os dias incidentes de cães que mordem humanos, tutores que acreditam que seus pets nunca serão adestrados, animais que são abandonados por serem “impossíveis de lidar”… E eu pergunto: Em que momento os humanos realmente tentaram compreender o animal, o cachorro? Não como uma imagem antropomorfizada de si, mas como uma espécie distinta?

Essa é apenas uma chamada para se pensar melhor em como tratamos os nossos cães e se honramos de fato o compromisso de sermos tutores responsáveis.

Se você escolhe receber um cachorro em sua casa, e possui filhos pequenos, aprenda mais sobre comportamento canino, simples assim.

É uma questão de segurança não só para com o animal mas para a criança. Se esse não fosse um filhote, e sim um adulto capaz de causar sérios danos, uma simples brincadeira poderia levar a algo muito mais sério e desnecessário.

E não adianta depois culpar o cão.