A hiperatividade em cães é um dos maiores problemas que levam a uma convivência conturbada entre animais e seus tutores.
Por isso, muitas pessoas se preocupam com isso quando vão levar um animalzinho para casa, uma vez que se sentem inseguros e com medo de o pet ser muito agitado e causar problemas.
A boa noticia é que na maioria das vezes os comportamentos surgem de forma secundária, como uma consequência de fatos pelos quais os animais já viveram.
Com isso, é importante conseguir determinar qual é a causa principal do problema, de modo que ele possa ser devidamente remediado.
Então, para entender melhor essas questões e saber como agir, continue acompanhando esse texto sobre hiperatividade em cães que está repleto de informações importantíssimas que vão te ajudar com esse problema.
Hiperatividade em cães: por que isso acontece?
Quanto mais tempo o tutor passa com o seu animalzinho de estimação, mais os laços entre eles se estreitam, o que é excelente para a convivência e ajuda a tornar o vínculo tutor-animal muito mais intenso.
Entretanto, quanto mais os tutores observam os seus pets, mais eles identificam comportamentos inadequados.
É comum perceber que o cão se mostra bem agitado, com movimentos estereotipados e comportamentos extremamente malucos.
Mas na verdade, o que acontece é um erro na identificação e na interpretação de tudo isso. Deve-se ter uma ideia clara de que todas as reações que o animal demonstra são resultados das suas emoções e situações vividas.
É importante ter uma noção de tudo o que acontece com o animalzinho, uma vez que a ansiedade e a depressão acometem cada vez mais os humanos por conta da maneira como a sociedade se organiza.
Sendo assim, os animais também sofrem as consequências desse modo de vida moderno e agitado.
Basta observar que quanto mais o tempo passa, mais os animais ficam sozinhos trancados dentro de casa.
Os cães estão cada vez mais domesticados e, possuem menos tempo em contato com a natureza, tendo assim muito menos oportunidades de expressarem os seus instintos.
Assim, existem comportamentos estranhos que os animais demostram quando as suas emoções ficam abaladas de certa forma.
Isso acontece tanto com cães quanto com mamíferos de maneira geral.
Os cães mudam sua personalidade ao longo dos dias
Nos humanos, é bem comum encontrar pessoas com TDAH, ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Geralmente esse é um transtorno de desenvolvimento de ordem neuropsiquiátrica que se detecta na infância na maioria das vezes.
Os sinais mais claros de que a desordem está presente é a desatenção, inquietação de ordem motora e a demonstração de comportamentos compulsivos.
Por mais que essa seja uma questão bem estudada nos humanos, ela também pode ocorrer em mamíferos de maneira geral.
No entanto, muitas vezes se diz que os cães estão com déficit de atenção, quando na verdade eles apenas se sentem agitados e precisam desafogar toda a energia reprimida.
De acordo com estudos de comportamento e psicologia canina, os animais de pequeno porte são muito mais propensos a apresentar comportamentos estranhos e inadequados, como perseguir a cauda.
Perseguir moscas ou demonstrar agressividade e hostilidade também são coisas que podem acontecer, sobretudo em relação a pessoas desconhecidas.
Isso não tem bem uma explicação plausível, mas a genética das raças possui um papel muito importante quando se trata de características psicológicas.
Um mamífero ativo é diferente de hiperativo
A hiperatividade em cães pode ser realmente um grande problema, mas é preciso saber como diferenciar isso de atividade, disposição e energia.
Define-se como hiperatividade a incapacidade do animal em se manter focado em apenas uma tarefa e controlar as suas reações diante das mais diferentes mudanças ambientais.
Diante disso, o animal se comporta de maneira absolutamente destrutiva e necessita de uma atenção constante por parte das pessoas que cuidam dele.
Diante disso, se você vem observando que o seu animal é muito agitado e nervoso, mas que consegue manter a concentração em alguma atividade durante bastante tempo, ele provavelmente não é hiperativo.
Sendo assim, só se deve considerar a hiperatividade em cães como sendo uma doença quando o animal realmente é incapaz de manter a concentração em alguma coisa.
Mas se ele gosta de certas atividades e consegue manter a concentração nelas, mesmo que esteja agitado e nervoso, é mais provável que não tenha nenhuma doença.
Tudo o que um animalzinho com esse tipo de comportamento precisa é conseguir controlar as suas emoções.
Em mamíferos, de maneira geral, existem comportamentos que mostram que o animal está com falta de estimulação e, que comumente se confundem com sinais de hiperatividade.
Movimentos repetitivos são comuns em mamíferos
Chama-se de estereotipia o tipo de movimento ou de postura que não possui um propósito exato.
Na maioria das vezes se observa isso na forma de caminhar de um lado para o outro, repetir movimentos sem parar, entre outros.
Nos cães, o mais comum de se observar é a ação de perseguir a própria cauda. E apesar de isso muitas vezes parecer engraçado, pode indicar que algo não vai tão bem.
Independentemente do tipo de estereotipia, isso ocorre porque o animal não recebe os estímulos que precisaria para poder manter os comportamentos normais da sua espécie.
Isso pode acontecer em várias situações, inclusive quando o cão passa por mudanças bruscas no ambiente, fica sem a atenção de que necessita e não tem a estimulação física e mental que deveria.
Em cães é comum observar o comportamento de lambedura compulsiva, além da mania de morder ou de caçar insetos sem parar.
Em casos mais graves, o animalzinho pode acabar agredindo a si mesmo, provocando dor e sofrimento porque não sabe como lidar com os problemas.
A hiperatividade em cães é um problema sério, mas muitas vezes o animal só precisa mesmo de estímulos mentais e físicos.
Quem tem um animal de estimação não deve se limitar apenas a dar comida e fazer carinho. É preciso manter a estimulação física e mental deles.
Jogos mentais, desafios físicos e estímulos são importantíssimos, mesmo que se faça isso em casa mesmo.
Se puder passear diariamente com o seu pet, é ótimo, mas mesmo que não possa, pelo menos tente gastar a energia dele dentro de casa mesmo.
Se você perceber que o seu animalzinho está com algum tipo de dificuldade desse tipo, deve buscar pela ajuda de um especialista.
Uma pessoa que entenda de distúrbios comportamentais e hiperatividade em cães poderá te auxiliar a criar um plano de estimulação ao pet.
Hiperatividade em cães pode ser na verdade fruto do estresse
Uma coisa que a ciência vem estudando é que o estresse não é algo que se limita apenas aos humanos.
De maneira geral, os mamíferos costumam manifestar o estresse e, isso inclusive pode ser observado por meio das expressões faciais desses animais.
Orelhas baixas, respiração ofegante e excesso de salivação são sinais claros de que o animal se encontra estressado.
Diarreia é mais um sinal claro de que algo não vai bem e o animal se encontra em sofrimento, seja ele físico ou mental.
O estresse nesses animais pode ser devido aos mais diversos tipos de problemas que você imaginar.
Sons muito altos, ruídos contínuos, alterações ambientais bruscas ou, até mesmo as emoções do próprio tutor podem exercer algum tipo de influencia sobre o animalzinho.
Nesse sentido, sempre que o animal for hiper estimulado, ele pode acabar tendo respostas indesejadas, relacionadas ao estresse a hiperatividade em cães.
Outra questão importante em relação ao estresse dos animais de estimação é que as pessoas que convivem com ele devem saber como respeitar o espaço e a vida deles.
Afinal, meu cão é hiperativo ou agitado?
A hiperatividade em cães é algo de que se fala muito, mas como você viu, a hiperatividade é na verdade uma patologia.
O que acontece na maioria das vezes é que os animais de estimação adoram extravasar e gastar a sua energia saltando, correndo e, até mesmo fazendo um tanto de barulho.
Mesmo que o cão seja apenas muito agitado, isso pode trazer impactos negativos para a sua vida, sobretudo no que diz respeito à convivência com o tutor.
Como identificar a hiperatividade em cães?
Se você tem um cão que se agita o tempo todo e que costuma ter energia de sobra mesmo depois de ter feito uma caminhada longa, é bem provável que você tenha um caso de hiperatividade em cães nas suas mãos.
Esse animal tem dificuldade de se manter focado em uma atividade e, não é capaz de ficar parado nem por curtos períodos de tempo.
De acordo com estudos científicos, a hiperatividade em cães está relacionada com quantidades reduzidas de fosfolipídios na corrente sanguínea, principalmente o triptofano.
O triptofano é um aminoácido essencial, ou seja, que deve ser obtido por meio da alimentação e, que é importante para a manutenção das funções metabólicas do organismo.
Este é usado pelo cérebro na produção de serotonina, um neurotransmissor que está intimamente relacionado com a sensação de bem estar.
O maior problema é que a hiperatividade em cães se relaciona diretamente com sinais de ansiedade e problemas comportamentais graves.
Isso porque o cão hiperativo não consegue se manter relaxado por muito tempo e, tem dificuldade em fazer apenas uma coisa por vez.
Até mesmo as atividades mais prazerosas podem ser difíceis para esses animais. Se ele estiver comendo, por exemplo, pode largar tudo a qualquer mínimo sinal de barulho na rua.
Diante de tudo o que foi dito, é possível detectar a hiperatividade em cães quando o animal apresenta os seguintes sinais:
- Muita energia
- Girar em círculos
- Latido em excesso
- Querer ter dominância (quando há outros cães)
- Chamar atenção
- Destruição de objetos
- Ficar agitado sem receber estímulos
- Falta de atenção
- Lambedura excessiva
No entanto, como já foi dito, em muitos casos os animais são apenas bem agitados e, isso pode ocorrer por conta da herança genética, influência ambiental e outras questões.
Sendo assim, se você tem um animal que parece não parar quieto nem por um instante, precisará de auxilio de um médico veterinário ou especialista em comportamento animal para determinar se se trata de hiperatividade ou apenas um caso de agitação.
Agitação e Hiperatividade em Cães: o que fazer?
Lidar com a hiperatividade em cães não é simples, mas existem formas de contornar esse problema.
Se o animal for apenas agitado, é ainda mais simples obter boas respostas ao se colocar algumas dicas simples em prática. Veja a seguir quais são as principais:
- Passeios diários: para lidar com a hiperatividade em cães, é importante ter formas de gastar a energia do animal. E a melhor maneira de se fazer isso é proporcionando passeios diários, dois preferencialmente;
- Brincar com o pet: sobretudo algumas raças em específico adoram brincadeiras e, por isso, você deve interagir com o seu mascotinho diariamente, com brincadeiras das quais ele goste;
- Compre brinquedos interativos: esses são excelentes para manter o animal distraído enquanto você estiver fora de casa. Quanto maior for o desafio, melhor;
- Ensine truques e comandos ao seu cão: essa é uma ótima maneira de manter o cãozinho bem entretido e estimular a sua mente. Você pode começar por comandos básicos de adestramento e aumentar o nível de dificuldade com o tempo;
- Adestramento: em muitos casos, para manter o animal mais tranquilo e relaxado, é preciso investir em um serviço de adestramento. Um profissional pode ajudar a mostrar ao pet quais são os comportamentos a se evitar e aqueles adequados;
- Manter uma rotina: da mesma forma que acontece com as pessoas ansiosas, manter uma rotina bem estabelecida é uma excelente maneira de deixar o animalzinho mais tranquilo. Isso reduz muito o nível de ansiedade porque ele vai saber tudo o que vai acontecer;
- Musicoterapia: mais recentemente pesquisas vêm demonstrando que a musicoterapia ajuda a acalmar os animais e, você pode usar essa estratégia para lidar com a hiperatividade em cães;
- Creches: se você passa muito tempo longe do seu animalzinho de estimação, então precisa buscar por alternativas para que ele se distraia. As creches são ótimas pois ali o cão gasta energia e socializa com pessoas e outros animais.
Conclusão
É preciso saber como identificar a hiperatividade em cães, bem como reconhecer as causas mais prováveis para que se possa encontrar soluções efetivas.
