Dor de um cachorro com câncer: De maneira geral, o câncer é considerado como uma das doenças mais graves e cruéis, que mata muitas pessoas e animais.
Os tutores preocupados se perguntam em algum momento como aliviar a dor de um cão com câncer para tentar ajudar o amiguinho de quatro patas a superar esse momento terrível.
Esse é um problema que causa muitas alterações no organismo dos pets e, reduz bastante a expectativa de vida do animalzinho.
Cada animal passa por essa fase de uma maneira e, a evolução pode ser muito veloz. Ademais, podem ocorrer variações de intensidade.
Tudo depende também do tipo de tumor e, do estado do animal. Mas de qualquer maneira, é importante reconhecer e saber como manejar a dor dos cães com câncer.
Então, nesse texto falaremos mais sobre como aliviar a dor de um cachorro com câncer e, também trataremos um pouco sobre a própria doença.
Como é a dor de um cachorro com câncer?
Não existe uma resposta exata para isso, uma vez que o nível de dor de um animal varia muito de acordo com o próprio pet e a doença que ele possui.
O que se sabe é que os cães são bem mais resistentes à dor em relação aos humanos, mas ainda assim é difícil mensurar o quanto eles sentem.
É sabido, no entanto, que nos cães com câncer a dor evolui muito rapidamente, com o agravamento da doença e, pode reduzir em muito a qualidade de vida do pet.
Quando o tutor está cuidando do seu animalzinho e percebe que ele está com dor, pode acabar ficando angustiado por não saber exatamente o que fazer.
Mas pior ainda é quando os tutores nem sequer percebem que o pet está sofrendo com dor ou, que isso possa estar relacionado a um tumor.
Sendo assim, é importantíssimo saber identificar os principais sinais e, saber como agir em cada situação.
Por sorte, com os avanços da medicina veterinária está cada vez mais fácil perceber quando o pet está doente e, também fazer o controle da dor adequadamente.
Mas antes de tudo, é necessário fazer o diagnóstico correto do câncer e, aprender como aliviar as dores do próprio tumor e do tratamento.
O que é o câncer?
Antes de se falar em como amenizar a dor de um cão, é importantíssimo conseguir entender como essa doença funciona, se desenvolve e, o que ela é exatamente.
O primeiro ponto a se saber é que quando se fala em câncer, na verdade, se está referindo a um conjunto composto por mais do que cem doenças.
O que todas elas possuem em comum é o fato de se desenvolverem a partir da proliferação celular desordenada por meio dos tecidos e órgãos.
Esse processo pode levar à formação de tumores malignos ou benignos dependendo da forma de manifestação.
Obviamente, quando o tumor é maligno, a questão é bem mais séria. Mas de qualquer maneira, só o termo “câncer” já assusta, uma vez que essa é uma doença de desenvolvimento muitas vezes silencioso, sem sinais claros.
Muitas vezes, com o crescimento da massa tumoral não há processo doloroso. E quando isso ocorre, o animal não dá sinais de dor e, por isso o seu comportamento na maioria das vezes não se altera.
Sendo assim, o ponto mais importante aqui é estar sempre atento aos possíveis sinais que o câncer pode provocar e, então levar o pet ao veterinário o mais rápido quanto for possível.
O que causa o câncer em cães?
Não existe uma causa exata e conhecida para o câncer em cães, uma vez que várias coisas podem levar ao aparecimento a doença.
O que se pode dizer é que a idade é uma forte influência. Nos pets idosos, a chance de um câncer se manifestar é bem maior do que nos mais jovens. Estilo de vida, herança genética e doenças infectocontagiosas também são relevantes.
De qualquer maneira, teoricamente a o câncer nos cães podem surgir a qualquer momento e, até mesmo sem um motivo claro. Por isso, sempre fique de olho no seu pet.
Como a dor aparece?
Mesmo que a velocidade possa variar, a dor de um cachorro com câncer é sempre progressiva, aumentando conforme a doença progride.
Uma forma de se analisar isso é considerar o que se sabe sobre o câncer e a dor provocada pela doença no caso dos humanos.
De acordo com pesquisas, até metade das pessoas afirmam sentir dor na hora do diagnóstico do câncer, enquanto que mais do que 90% sente fortes incômodos em casos de tumor terminal ou avançado.
A medicina veterinária ainda tem dificuldades em determinar a dor nos pets, mas provavelmente esses dados são bem semelhantes.
O que é sabido é que a quimioterapia e a radioterapia levam a um aumento bastante relevante na dor dos animais, levando a um quadro agudo.
Sem dúvidas, esse é um período bem difícil para o pet, ainda mais considerando-se que ele não sabe exatamente o porquê está se sentindo assim.
A dor, juntamente com essa incompreensão leva o animal a um estado de agitação e desespero ou, de depressão.
Em ambos os casos é preciso intervir para amenizar o problema, porque a dor piora em muito a qualidade de vida do cão.
Tipos de câncer mais dolorosos
A primeira coisa que se deve dizer é que não são todos os tipos de câncer que provocam dor. Em alguns casos pode acontecer o crescimento de uma massa tumoral, mas ainda assim não comprometer a qualidade de vida.
Por outro lado, alguns tipos levam o animal a sentir muito incomodo e, nesse caso o tutor deve estar preparado para aliviar a dor de um cachorro com câncer. Os piores tipos são os seguintes:
- Tumores anais;
- Câncer de próstata;
- Grandes tumores de pele;
- Tumores ósseos;
- Câncer do trato urinário, incluindo bexiga e os rins;
- Tumores do trato gastrointestinal, incluindo o câncer de esôfago, estômago, cólon e reto;
- Tumores na boca;
- Câncer do sistema nervoso central;
- Tumor inflamatório da mama.
Tenha em mente que enquanto alguns tumores causam dores pelo crescimento da massa e alterações, outros também incomodam porque impedem os animais de realizarem as suas atividades normais.
Os tumores de boca, por exemplo, impedem que os cães mastiguem, enquanto que os ósseos podem atrapalhar a mobilidade.
Como identificar a dor em um cachorro com câncer?
Muitos pets não possuem mecanismos de demonstrar a dor que sente e, isso de certa forma funciona como mecanismo de defesa.
Na natureza, os animais que são presa não podem demonstrar a dor ou possuem mais chances de serem caçados e comidos pelos predadores.
Sendo assim, pode ser um verdadeiro desafio conseguir identificar o grau de dor dos animais e saber quando eles estão sofrendo e precisam de ajuda.
De qualquer maneira, existem indícios de que o seu animalzinho não está bem e, os mais nítidos são aqueles que levam a uma mudança comportamental.
Deixar de brincar, por exemplo, é algo bastante relevante em animais ativos e que gostam de ter contato com pessoas.
Além disso, um animal com dor progressiva cada vez mais vai deixando de se interessar por passeios, interações sociais em geral ou demonstra estar sempre cansado.
Com o tempo, o que se vê é um animal cada vez mais entristecido, abatido, sem graça e, até mesmo que não deseja receber carícias.
Também existem outras alterações na fisiologia do pet que pode mostrar que algo não vai bem. Veja a seguir quais são esses indícios:
- Alterações no apetite;
- Frequência respiratória elevada;
- O cão pode defecar e urinar em locais inadequados;
- Lambedura ou coceira em locais específicos;
- Chorar constantemente ou com muita frequência;
- Rosnar em resposta ao toque em regiões específicas.
Existem ainda respostas mais sutis à dor, como é o caso das expressões faciais alteradas nesses casos.
Um animal com dor tende a permanecer com os olhos mais fechados do que o normal, além de ficar com a cabeça baixa na maior parte do tempo e, com as orelhas caídas.
Outro sinal típico é uma postura corporal mais curvada, além de colocar o rabinho entre as pernas.
Ao perceber esses sinais, peça auxilio e orientação ao médico veterinário responsável pelo seu animalzinho.
Como aliviar a dor de um cachorro com câncer: conheça os tipos
Algo importantíssimo de se saber é que não existe apenas um tipo de dor e, é essencial saber quais são eles e conseguir reconhecer no animal.
Cada um dos dois tipos de dor é tratado de maneira distinta e, o reconhecimento é fundamental para um tratamento adequado.
Dor aguda
É caracterizada como dor aguda aquela que tem duração curta, de apenas horas ou, em alguns casos, alguns dias.
Na maioria das vezes esse é o tipo de dor que se observa em caso de um trauma, por exemplo, uma vez que rapidamente o organismo consegue se reestabelecer.
A dor aguda também tende a surgir quando o animal passa por tratamentos invasivos ou terapias diversas.
Geralmente é a dor aguda que vai surgir depois das sessões de quimioterapia, uma vez que em alguns dias ela tende a diminuir conforme os efeitos dos medicamentos utilizados.
Dor crônica
Em contrapartida, a dor crônica é aquela que se instala e dura períodos bem mais longos, como semanas e meses.
Muitas vezes é difícil diagnosticar esse tipo de dor, bem como, encontrar as possíveis causas para ela.
O problema aqui é grave, uma vez que esse é o tipo de dor que vai aumentando com o passar do tempo, causando cada vez mais incômodos ao pet e, diminuindo a sua qualidade de vida.
A dor crônica também gera estresse e vai deixando o animal cada vez mais impossibilitado e estressado.
Como aliviar a dor de um cachorro com câncer?
Obviamente, em um cachorro com câncer, a maneira mais simples de se aliviar a dor é eliminar o próprio tumor.
Nos casos em que a remoção cirúrgica é possível, é bem provável que o animal já comece a se sentir muito melhor.
E mesmo que as sessões de quimio e radioterapia possam incomodar em muito esses animais, é sabido que elas também apresentam altos índices de efetividade no tratamento.
Em relação ao alívio da dor secundária relacionada ao próprio tratamento, é preciso desenvolver um plano de controle.
Este deve ser moldado de acordo com o tipo de câncer, tipo e intensidade estimada da dor, além de se considerar a tolerância e o estado de saúde de cada indivíduo.
É obrigação do médico veterinário buscar formas de prevenir que a dor se instaure e, também eliminá-la, garantindo o maior conforto possível para o animal.
Em casos de dores mais leves os profissionais optam por analgésicos não opioides e, por anti-inflamatórios não esteroidais.
Quando o pet já demonstra dores mais intensas, pode-se lançar mão de medicamentos da classe dos opioides que sejam um pouco mais brandos, como Tramadol e Codeína.
Por fim, nos casos mais graves, pode-se usar a morfina, por exemplo.
Terapias alternativas
Por mais que existam muitos medicamentos que ajudem a aliviar a dor de um cachorro com câncer, existem terapias alternativas que são bastante indicadas e, que se mostram muito eficazes, como por exemplo:
- Acupuntura: a aplicação de agulhas próprias estimula alguns pontos do corpo do animal, contribuindo para regular as energias;
- Reiki: essa é uma forma de melhorar a energia corporal utilizando apenas as mãos;
- Massagem
- Relaxamento
- Aromaterapia: os óleos essenciais podem ser aplicados no corpo do animal ou, apenas inalados, dependendo do caso.
Além de tudo isso, deve-se pensar em proporcionar ao pet um ambiente agradável, onde ele se sinta confortável.
Isso por si já ajuda em muito no alívio da dor do animal. Uma cama confortável, por exemplo, faz toda a diferença nesse caso.
Conclusão
O câncer é uma das piores doenças que existem, pois, além de diminuir aos poucos os níveis de saúde e vigor dos pets, ainda causa bastante dor dependendo da evolução e do tipo.
Sendo assim, saber como aliviar a dor de um cachorro com câncer é muito importante, apesar de ser necessário antes de mais nada identificar quando o animal não está bem.
