História do Yorkshire Terrier: Ele é uma das raças de companhias mais populares. Mas você sabia que antes de ser promovido para um cão de colo, o Yorkshire era um trabalhador em minas de carvão para caçar roedores? Conheça a história do Yorkshire Terrier.
O Yorkshire é uma raça antiga e com um passado trabalhador, mas que ganhou o coração dos amantes de pets de todo mundo.
Conheça a história do Yorkshire, esse cãozinho amável e carinhoso, mas que também é bastante corajoso.
Origem do Yorkshire Terrier
Como o próprio nome da raça indica, O Yorkshire tem sua origem no condado de Yorkshire, na Inglaterra. A raça desenvolveu-se em meados de 1800 e acredita-se que a criação foi a partir de Terries levados para região pelos escoceses.
A raça foi criada através de cruzamento de diversas raças, sendo provável que tenha sido usado raças como:
- Maltês;
- Clydesdale Terrier;
- Paisley Terrier;
- Skye Terrier;
- Tan Toy Terrier.
Como a raça foi desenvolvida em maior parte pela classe trabalhadora do condado, muitas informações sobre a origem do cão acabaram se perdendo com o tempo.
A criação da raça tinha como intuito desenvolver um Terrier para caçar roedores. A região de origem do cão era um polo de mineração de carvão e fábrica de têxtil, logo a raça foi empregada para trabalhar nas minas e fábricas caçando roedores e vermes.
O Yorkshire também serviu como um cão de caça para animais de pequeno porte. A coragem do cão surpreendeu, mostrando que seu pequeno tamanho não correspondia com sua ferocidade.
Por seu pequeno porte e sua postura graciosa, o Yorkshire começou a ser usado em shows.
Entre os participantes dessas categorias de eventos estava o cão Huddersfield Bem, um Yorkshire Terrier, responsável pela popularidade da raça, além de ser responsável direto no desenvolvimento da raça.
O Huddersfield Bem era um pouco maior do que a versão atual do Yorkshire. O cão foi usado para desenvolver raça para chegar nos aspectos atuais. Huddersfield Bem fez tanto sucesso que ele chegou a ser retratado pelo famoso pintor de cães esportivos, George Earl.
Amado pela burguesia
Logo a fama do Yorkshire chegou na classe alta inglesa. Com seu pequeno porte e pelos longos e sedosos, a raça foi promovida à cão de luxo. O cachorro caiu nas graças da burguesia e com o tamanho reduzido logo se tronou o xodó das mulheres. A raça era o animal da moda na era vitoriana.
O reconhecimento do Yorkshire pelo The Kennel Club em 1886 também foi fundamental para difundir a raça. A alta sociedade e a realeza britânica tornaram a raça popular e em sequência a fama do pequeno cão chegou à América.
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Reconhecimento na América
A raça chegou à América do Norte em 1872, onde foi recebido com muito desejo pela alta classe que tentava copiar os costumes da burguesia inglesa. O cão tornou-se um luxo desejado por muitos sendo reconhecido pelo America Kernnel Club em 1885, uma fêmea chamada Belle.
História do Yorkshire Terrier: queda de popularidade
O Yorkshire sofreu uma grande queda de popularidade. Como muitas raças, que durante a 2ª Guerra Mundial, o Yorkshire também sofreu com a baixa popularidade na década de 40, já que era muito difícil manter um cão durante época de guerra.
Mas foi durante esse tempo sombrio que um cãozinho da raça ganhou status de heroína. Smoky foi uma famosa Yorkshire que serviu durante a 2ª Grande Guerra.
- Veja também: Filhote de Yorkshire Terrier: Curiosidades
História do Yorkshire Terrier: uma heroína de Guerra
A cadela foi encontrada em 1944 por um soldado em uma trincheira na Nova Guiné. Venderam Smoky pelo valor de duas libras australianas para o soldado William A. Wynne, com quem acompanhou durante todo o resto da guerra.
Junto com Wynne, Smoky serviu em mais de 12 missões de resgates e sobreviveu a mais de 150 ataques aéreos.
Assim, o soldado e a cadela desenvolveram uma relação de companheirismo, dividindo alimentação e o acampamento. Então Smoky chegou a salvar a vida de Wynne ao avisa-lo sobre projéteis na entrada de um navio de transporte.
A cadela aprendeu diversos comandos e realizava vários truques para entreter as tropas. Em ação, Smoky sobreviveu um tufão e até pulou de paraquedas, feito especialmente para ela. Consideraram Smoky uma heroína e ela recebeu 8 estrelas de combate.
Com o fim da guerra, a cadela ganhou bastante fama e sendo convidada a participar de vários programas. A cadela também fez trabalho voluntario ao lado de Wynne ao fazer shows em hospitais dos veteranos. Smoky morreu em 21 de fevereiro de 1957.
A homenageada a ela aconteceu em 2005 em uma escultura em tamanho real produzida por Susan Bahary.
Está entre as raças mais populares do mundo
Mesmo com a queda na popularidade que sofreu na década de 40, o Yorkshire voltou a sua glória e hoje é uma das raças mais populares do mundo, inclusive no Brasil.
O pequeno terrier de pelos azuis é um dos mais escolhidos na hora de escolher um pet. Não é à toa toda essa fama, já que conhece-se a raça por sua personalidade alegre e aventureira. Mas se engana que esse pequeno pet não é corajoso, o Yorkshire não vai temer nenhum inimigo na hora de defender quem ama.
Também conhece-se a raça por possuir uma personalidade forte e às vezes até teimosa, porém na maior parte do tempo ele é um cão afetuoso e brincalhão.
Mesmo sendo um cãozinho que aparenta ser frágil, o Yorkshire vai mostrar para o tutor que ele é um cão independente, e nem sempre vai ser extremamente apegado ao dono, mas isso não significa que ele não goste de ser mimado.
O cão dessa raça adapta-se e vive bem em lares pequenos. Outra característica que faz com que o Yorkshire seja bastante escolhido é sua saúde, que é considerada boa. Além disso, cães dessa raça podem viver entre 13 a 16 anos, o que é uma média alta.
O Yorkshire Terrier é uma raça que convive bem com qualquer tipo de pessoas e com animais, até mesmo com gatos. Esse jeito vivaz, mas amável fez com que esse pequenino cão ser tão popular no mundo.
