A displasia coxofemoral, ou conhecida popularmente por “descadeiramento”, é uma doença que acomete, principalmente, cães que andam diariamente em piso liso. Essa enfermidade é hereditária, ou seja, pode passar para os descendentes, sendo os cães de porte grande e gigante os mais acometidos. Temos como exemplos os cães pastores alemães, filas brasileiros, rottweiler, labrador retriever, golden retriever, entre tantos outros. A displasia coxofemoral é a má formação da articulação que liga o osso coxal ao osso fêmur, ocasionando dores muito fortes no pet.
![Displasia Coxofemural em cães. Montagem: Portal do Dog.](https://www.portaldodog.com.br/wp-content/uploads/2014/04/displasia-coxofemural-caes-saude-02.jpg)
Principais causas da Displasia Coxofemural
Podemos citar inúmeras causas que influenciam no aparecimento dessa moléstia, porém as principais observadas, são:
– Primeiramente, o piso em que os animais permanecem o dia inteiro. Isso é um ponto muito importante, pois em pisos escorregadios, os cães tendem a “patinar” com os membros posteriores, acarretando uma sobrecarga na articulação.
– Outro ponto bastante importante é a questão da obesidade. Animais muito acima do peso, tendem a sobrecarregar os membros, sendo isso péssimo para as articulações. A nutrição e o desenvolvimento rápido também são de suma importância, pois influenciam no crescimento e na formação óssea.
Sinais clínicos da Displasia Coxofemural
Os principais sinais clínicos aparecem no animal por volta dos 5 meses até 1 ano de vida . Em animais que possuem displasia coxofemoral, é comum encontrarmos sintomatologias, como:
– O cão sente dificuldade de andar, subir escadarias, se apoiar só com os membros posteriores e correr;
– Ocorre a manqueira;
– O quadril apresenta um nível visivelmente mais baixo que o anterior, o pet tende a sentir bastante dor; e em casos mais graves, prostração do mesmo.
Diagnóstico da Displasia Coxofemural
O diagnóstico só pode ser feito por um médico veterinário. Baseia-se no exame clínico do animal, sendo avaliados os sinais clínicos que o animal apresenta. Para a confirmação do diagnóstico, normalmente é feito um raio X do animal. É importante que o animal seja levado imediatamente a um profissional, tão logo se perceba alguma alteração.
Tratamento da Displasia Coxofemural
O tratamento consiste em terapia medicamentosa escolhida pelo profissional. Normalmente os profissionais indicam uma fisioterapia e um manejo diferenciado do animal. Em casos mais graves, a intervenção cirúrgica é a opção mais eleita, sendo feita a retirada da cabeça do fêmur e posta no lugar uma prótese, deixando assim o animal livre de dores e desconforto.
Prevenção da Displasia Coxofemural
A prevenção consiste num manejo correto do animal, procurando não permitir o aumento do seu peso, além de introduzir a prática de exercícios que não sobrecarreguem as articulações. É também interessante atentar para a colocação de pisos que não sejam escorregadios. É importante que diante de qualquer anormalidade no animal, o mesmo seja levado a um profissional para uma avaliação. Animais com displasia coxofemoral levam uma vida relativamente normal, apenas não sendo indicada a sobrecarga nas articulações do pet. Quando o cão é portador da displasia, não é aconselhável ser posto para a reprodução, pois, como dito anteriormente, é uma doença hereditária. É importante que na hora da compra de um animal de pedigree, o tutor seja informado se há relatos de pais, avós ou ancestrais com a moléstia. Mas, lembre-se: não é porque o animal porta a doença que será considerado inválido. Ele poderá viver normalmente e desempenhar funções rotineiras de forma satisfatória.
[george]